Barack Obama autoriza ataques aéreos contra Estado Islâmico

Barack Obama autoriza ataques aéreos contra Estado Islâmico

Imagem: DivulgaçãoOs Estados Unidos começaram a bombardear posições de artilharia móvel dos extremistas do Estado Islâmico no Norte do Iraque, nos arredores na cidade de Irbil, a capital do Curdistão iraquiano, informou o Pentágono nesta sexta-feira (8). Os ataques aéreos ocorrem a áreas controladas pelas forças curdas, região tomada pelos jihadistas nos últimos dias.
De acordo com o comunicado do Pentágono, dois aviões militares F/A 18 lançaram bombas de 226 quilos de alta precisão guiadas a laser sobre uma peça de artilharia móvel dos rebeldes perto Irbil. O porta-voz do Ministério americano da Defesa, almirante John Kirby, disse que o Estado Islâmico tem usado o armamento para atacar forças curdas posicionadas perto de Irbil, onde estão instaladas equipes dos EUA.
O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, afirmou que os militares dos EUA têm inteligência suficiente para isolar os militantes islâmicos e lançar ataques aéreos eficazes, se eles ameaçarem os interesses do país ou dos milhares de refugiados que fugiram para uma montanha. Hagel também ressaltou que mais de 60 dos 72 pacotes de comida e água jogadas por aeronaves chegaram às minorias religiosas iraquianas que fogem dos extremistas do EI.
Na quinta-feira, Barack Obama autorizou o apoio de aviões de guerra americanos no Iraque para evitar ainda mais o avanço dos jihadistas na região controlada pelos curdos e proteger os cristãos e milhares de membros da antiga seita Yazidi que se refugiaram em uma montanha do deserto. O anúncio ocorreu depois de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU convocada pela França, que também contou com forças de apoio que lutavam contra os jihadistas.
O presidente americano, no entanto, disse que não iria enviar tropas dos EUA de volta ao Iraque. Obama fez questão de tranquilizar um público cansado da guerra que o presidente que, ao tirar as forças americanas do país no final de 2011, não tinha a intenção de lutar outra guerra no local. Mas ressaltou que as recentes conquistas dos rebeldes islâmicos desafiaram suas previsões e aspirações anteriores.
Os jihadistas do Estado Islâmico assumiram o poder da maior represa do Iraque, na cidade de Mossul, informou nesta sexta-feira um porta-voz das forças curdas, que controlavam a instalação até o momento. Com a ofensiva, os extremistas terão a possibilidade de controlar o fornecimento de água e eletricidade em uma ampla área do país. A aproximação dos rebeldes à cidade de Irbil, capital do Curdistão Iraquianos, companhias de petróleo começaram a retirar seus funcionários da região.
A instabilidade política no país também se agravou nos últimos dias. Nesta sexta-feira, o principal clérigo iraquiano, o aiatolá Ali al-Sistani, afirmou que os políticos que se agarram a seus postos estão cometendo um “grave erro”. A declaração aumenta a pressão sobre o primeiro-ministro Nuri al-Maliki para deixar sua candidatura para um terceiro mandato.
Em seu sermão semanal, Sistani pediu aos líderes do Iraque que escolham um premier que possa acabar com a crise de segurança instaurada pelos rebeldes do Estado Islâmico.
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Fonte:  O Globo

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