Papa diz que hipocrisia prejudica credibilidade da Igreja Para Francisco, líderes e fieis da Igreja não devem trair palavra de Deus. Um dos desafios do novo Papa são os escândalos envolvendo padres




Papa Francisco durante missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste domingo (14) (Foto: Max Rossi/Reuters)Papa Francisco durante missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste domingo (14)
(Foto: Max Rossi/Reuters)
 Papa Francisco disse neste doingo (14) que líderes clericais e cristãos não devem trair a palavra de Deus com suas ações ou correm o risco de prejudicar a credibilidade da Igreja Católica.
Francisco, eleito há um mês, tem como um de seus principais desafios restaurar credibilidade da Igreja após uma série de escândalos, incluindo abuso sexual de crianças por padres.
O papa fez seus comentários na Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde celebrou a missa dominical. Ele também saudou os peregrinos e membros de igrejas locais na Praça de São Pedro. "Inconsistência por parte de pastores e de fiéis entre o que dizem e o que fazem, entre a palavra e o estilo de vida, está prejudicando a credibilidade da Igreja", afirmou o pontífice em sua homilia.
"Aqueles que nos ouvem e nos observam devem ser capazes de ver em nossas ações o que escutam de nossos lábios", acrescentou.
Administração da Igreja
Em sua primeira grande decisão, no sábado (13), Francisco estabeleceu uma comissão de cardeais para ajudá-lo a governar a Igreja e reformar sua problemática administração central, que foi afetada por disputas internas e suspeitas de corrupção sob o Papa Bento XVI.
Bento deixou um relatório secreto para Francisco sobre os problemas na administração, conhecida como Cúria, que vieram à tona quando documentos sensíveis foram roubados da mesa do Papa e vazados por seu mordomo no que ficou conhecido como o escândalo "Vatileaks".

Feliciano não fala por nós, diz pastor assembleiano As falas do deputado dividem opiniões entre os pastores que estavam na 41º AGO da CGADB



Feliciano não fala por nós, diz pastor assembleianoFeliciano não fala por nós, diz pastor assembleiano
Em entrevista ao portal UOL o pastor Antonio Carlos Lorenzetti, presidente do Conselho Eleitoral da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) disse que as posições do pastor e deputado federal Marco Feliciano não refletem a opinião das Assembleias de Deus.
“Ele não espelha o pensamento geral dos evangélicos. Ele espelha o pensamento dele”, disse o pastor que estava em Brasília para participar da 41º edição da Assembleia Geral Ordinária.
“Ele não fala por mim. Se ele quer pensar assim, eu respeito a opinião dele como respeito a de todos”, afirmou Lorenzetti quando foi questionado sobre a posição da igreja sobre as declarações ditas como homofóbicas e racistas.
Outros participantes da AGO também foram entrevistados pela reportagem do UOL, entre eles o pastor Walter Santos, de Ponta de Pedras (PA), que não acredita que as palavras de Feliciano tenha denegrido a imagem dos evangélicos. “Ele têm defendido o que somos, o que acreditamos. Não somos contra os homossexuais, mas contra os atos deles”, disse.
O pastor Paulo Bom, de São Paulo (SP), disse também que as igrejas evangélicas não impendem a entrada de pessoas. “A igreja evangélica é liberal e entra nela quem quiser”, disse questionado sobre a participação de negros e homossexuais nos cultos.
Marco Feliciano esteve na segunda-feira (8) no espaço onde aconteceram as reuniões da CGADB recebendo uma moção de apoio assinada pelos milhares de pastores presentes em Brasília. Liderados pelo presidente da CGADB, que foi reeleito, os líderes assembleianos disseram que apoiam a permanência do deputado evangélico no comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

sso é o início de uma perseguição religiosa, diz Marco Feliciano O deputado lembra que está sendo acusado de um crime que não existe no Brasil.



Isso é o início de uma perseguição religiosa, diz Marco FelicianoIsso é o início de uma perseguição religiosa, diz Feliciano
Em entrevista ao canal da CPAD News, o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP) comentou sobre as perseguições que tem sofrido e anunciou que tudo isto é apenas o início de uma perseguição religiosa.
O parlamentar que assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias sob diversos protestos também comentou sobre a moção de apoio assinada pelos pastores da igreja Assembleia de Deus que estavam reunidos em Brasília para participar da 41ª AGO.
Feliciano diz que ficou surpreso com a moção de apoio aprovada por todos os pastores presentes. Ele lembrou que uma publicação havia divulgado que a AD não estava de acordo com sua postura e que não o apoiaria. “Essa moção me deixou emocionado, porque hoje eu acordei com uma notícia de que a minha igreja teria dado as costas pra mim”.
Depois de saber que seu ministério está de acordo com sua permanência na CDHM, Feliciano diz que está mais fortalecido. “Tudo o que estão fazendo comigo é o início de uma perseguição religiosa”, disse.
Como deputado, ele diz que nesses mais de dois anos de mandato sempre lutou em favor da família tradicional o que tem gerado ódio naqueles que são contra a esses princípios.
Feliciano citou também que está sendo processado por homofobia, um crime que não existe no código penal brasileiro. “O que o Brasil todo está vendo acontecer comigo é aprovação impositiva do PL 122″.
“O artigo 5º da Constituição Federal me guarda e me protege. Eu tenho direito de expressão, liberdade de expressão e liberdade de consciência”.
Assista:
Fonte: Gospel Prime.

PSC capitaliza exposição de Feliciano e tenta ganhar musculatura para 2014 Empenhado em transformar deputado em puxador de votos na Câmara, partido prepara rompimento com Dilma e angaria combustível para candidatura presidencial


Enquanto os líderes da Câmara e a própria presidência da Casa se debatem sobre a permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), parte expressiva do PSC, o próprio deputado e a chamada bancada evangélica compartilham a sensação de multiplicar seus votos nas próximas eleições, a cada “fico” anunciado pelo deputado.
De acordo com integrantes do partido, espera-se que Feliciano chegue a um milhão de votos na próxima eleição, tornando-se um dos principais puxadores de votos do partido em São Paulo. O efeito dessa votação é considerado pela cúpula do PSC como um verdadeiro combustível para a candidatura presidencial que o partido pretende lançar em 2014 do pastor Everaldo Pereira (SP). 
Alan Sampaio / iG Brasília
PSC pretende lançar à Presidência em 2014 o pastor Everaldo Pereira (SP), um dos que mais apoiou Feliciano
Atualmente, o PSC faz parte da base governista, mas não tem cargos. Para justificar o rompimento com a presidente Dilma Rousseff, o partido ensaia o discurso de que o Planalto interferiu diretamente para tentar convencer o partido a retirar a indicação de Feliciano para a presidência da comissão.
O PSC alega que duas ministras de Dilma telefonaram para o líder do PSC na Câmara, André Moura (SE) e para a deputada Antônia Lúcia (AC), que é vice de Feliciano no comando da comissão, pedindo que o nome fosse trocado. “Com isso, Dilma nos disse que não quer o PSC em 2014”, sustenta Everaldo Pereira.
Vídeos de Feliciano:
Os telefonemas teriam sido feitos pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, e Ideli Salvatti, da Secretária de Relações Institucionais. O governo nega a interferência.
Articulação
Pereira é o principal apoiador de Feliciano. Na reunião em que se decidiu pela indicação de Feliciano para a presidência da comissão, Pereira bancou o nome do colega sobrepondo-se ao do deputado Zequinha Marinho (PA), que seria o indicado natural do partido.
Outro articulador da ascensão e permanência do Pastor Marco Feliciano na comissão é o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), pessoa próxima do pastor Everaldo. Cunha e Everaldo já dividiram apartamento funcional em Brasília e os dois têm ligação com a Rádio Melodia FM, estação gospel e principal veículo de divulgação dos ideais evangélicos.
Há pouco mais de um mês, Feliciano era um ilustre desconhecido no meio político. Apesar dos seus 212 mil votos que o levaram à Câmara, habitava o chamando baixo clero. Em seus dois anos de mandato, não chegou a fazer parte, por exemplo, da lista “Cabeças do Congresso”, editada anualmente pelo Departamento Sindical de Assessoria Parlamentar (Diap). O órgão lista os 100 parlamentares mais influentes.
Alan Sampaio / iG Brasília
Membros do partido apostam que Feliciano chega a um milhão de votos na próxima eleição da Câmara
Dificilmente Feliciano ficará de fora dessa lista neste ano, não por projetos de sua autoria ou relatorias importantes, mas principalmente pelo volume de suas citações na imprensa, critério também considerado pelo Diap.
Em São Paulo, o PSC tem experimentado uma verdadeira corrida por filiações e uma disputa pelas vagas de candidato a deputado federal. Como ainda não venceu o prazo de filiações, Pastor Everaldo tem feito segredo do número de pessoas que procuraram o partido, mas garante que após a chegada de Feliciano à comissão essa procura aumentou bastante.
Ironia
O presidente do diretório de São Paulo, Gilberto Nascimento, avaliou que a votação de Feliciano deve mesmo ser muito maior, mas que há também quem tem feito palanque no combate ao pastor. “Como ele, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) também deverá ter muito mais votos”, avalia.
Ironicamente, a escolha do nome de Feliciano, segundo Nascimento, foi “lançada” pelo deputado Jean Wyllys, ativista da causa gay e principal adversário do pastor na Câmara. “Assim que a presidência da comissão ficou definida para o PSC, deputados foram ao plenário falar sobre o risco de Feliciano assumir a comissão. Entre eles, o Jean Wyllys, o Chico Alencar, o Ivan Valente. O Jean Wyllys foi o primeiro a falar no nome do Feliciano. O partido ainda nem tinha pensado nisso”, disse Nascimento
Fonte: IG

Principais líderes da bancada evangélica Bancada ganhou força após sair da corrida eleitoral de 2006 com 36 deputados. Veja o perfil dos deputados João Campos, Garotinho, Eduardo Cunha, Lincoln Portela e senador Malta


Composta por 73 parlamentares, sendo 70 deputados e três senadores, a bancada evangélica voltou a ganhar força na atual legislatura, depois de sair da corrida eleitoral de 2006 com apenas 36 deputados. Atualmente, o grupo se movimenta para barrar mudanças no Código Penal. Saiba quem são os principais líderes da bancada.
Luis Moreira / Agência Câmara
Deputado João Campos
O deputado João Campos (PSDB-GO) tem 50 anos e desde 1996 é pastor da Assembleia de Deus. Em seu terceiro mandato como deputado federal, é presidente da bancada evangélica e vice-líder do PSDB na Câmara. Além de pastor, João Campos também é delegado da Polícia Civil de Goiás e chegou a ser vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil. É dele a proposta de mudança na Constituição (PEC-99) que prevê o direito às igrejas de contestarem leis junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de Adins (Arguição de inconstitucionalidade). Ele também é um defensor da "cura gay". Uma proposta de João Campos quer impedir que o Conselho Federal de Psicologia puna profissionais que tratam a homossexualidade como transtorno.
Renato Araújo / Agência Brasil
Deputado Anthony Garotinho
Ex-prefeito de Campos dos Goytacazes, sua cidade natal, ex-governador do Rio de Janeiro,Anthony Garotinho (PR –RJ) é vice-presidente da bancada evangélica. No próximo ano, Garotinho pretende se candidatar ao governo do Rio de Janeiro. Ele tem 53 anos, é radialista desde os 15 anos e pertence à Igreja Presbiteriana desde 1994, quando, segundo ele próprio, trocou a visão marxista pelo Evangelho. No ano passado, exigiu desculpas do ministro Gilberto Carvalho devido à declaração de que os evangélicos conservadores “têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão”. Usando recursos regimentais, o deputado chegou a derrubar uma sessão da Câmara e o ministro acabou se reunindo com a bancada para se desculpar. Garotinho é investigado em quatro inquéritos no STF. Acusado de ter sido chefe político das ações de corrupção na cúpula da Polícia do Rio de Janeiro, Garotinho chegou a ser condenado a dois anos e meio de prisão por formação de quadrilha. A pena, no entanto, foi convertida em prestação de serviços à comunidade e suspensão de direitos políticos. Garotinho recorreu, disputou a vaga de deputado para qual foi eleito com 700 mil votos, maior votação do Estado do Rio de Janeiro. Nas eleições de 2002, disputou a Presidência da República e angariou mais de 15 milhões de votos.
Renato Araújo / Agência Brasil
Deputado Eduardo Cunha
Integrante da igreja Sara Nossa Terra, o deputado Eduardo Cunha (RJ) é líder do PMDB, segunda maior bancada da Câmara dos Deputados. Chegou ao posto a contragosto do Planalto, após ter atuado para a campanha do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Cunha é um dos principais articuladores da eleição do pastor Marco Feliciano à Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Ele cedeu ao PSC as quatro vagas do PMDB na comissão. No STF, Eduardo Cunha é acusado de falsificação de documentos e sonegação de impostos. Ele é autor do Projeto de Lei 7.382/2010, que estabelece punição para pessoas que praticarem “discriminação contra heterossexuais”. Nessa proposta, colocada como contraponto à proposta que criminaliza a homofobia, Cunha pede pena de até três anos de prisão para estabelecimentos que proibirem entrada de casais heterossexuais ou que impeçam ou restrinjam “a expressão de afetividade”.
Moreira Mariz / Agência Senado
Senador Magno Malta
O senador Magno Malta (PR-ES) é músico e pastor da Igreja Batista e conhecido por frequentemente usar a Bíblia em seus pronunciamentos no Senado. Ele é líder da banda de pagode gospel Tempero do Mundo e adotou uma postura agressiva contra o ministro Gilberto Carvalho - que disse que os evangélicos conservadores “têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão” - o chamando de "safado" e "mentiroso". Ele também é autor da PEC 27, intitulada PEC da Cidadania, que prevê a eleição de analfabetos. Outra proposta polêmica de autoria do senador, que presidiu a CPI da Pedofilia, é a que prevê pena de prisão perpétua para crimes praticados contra crianças ou adolescentes. O senador também é defensor da realização de plebiscitos sobre temas como aborto, serviço militar obrigatório e união de homossexuais. No STF é investigado por crime eleitoral em processo que corre em segredo de Justiça. O senador também foi acusado de envolvimento na máfia das Sanguessugas devido à apresentação de emendas favoráveis à empresa Planam no valor de R$ 1 milhão.
Renato Araújo / Agência Brasil
Deputado Lincoln Portela
No 4º mandato, o deputado Lincoln Portela (PR-MG) é pastor e presidente da Igreja Batista Solidária. Na Câmara, ele assumiu neste ano a presidência da Comissão de Legislação Participativa, órgão responsável por receber e dar encaminhamento às propostas de iniciativa popular, como foi o caso da proposta que resultou na Lei da Ficha Limpa. Portela é também radialista e apresentador de televisão. Atualmente apresenta o Programa 30 minutos, aos sábados, na Rede Minas. Formado em Teologia, o deputado costuma realizar palestras sobre família. Ele defende o ensino religioso nas escolas, mas com uma roupagem de “Estudo da Paz”. Essa ideia está presente no Estatuto da Paz, de sua autoria, que inclui matérias que ensinam “valores, atitudes, modos de comportamento e estilos de vida”, nos currículos escolares do ensino fundamental e médio. No STF, Portela responde pelo crime de fraude em licitação.
Fonte: IG