Executivo da Yoki e mulher frequentavam igreja em SP


                                          Elize Matsunaga, mulher do executivo assassinado
Um homem discreto. Assim Marcos Kitano Matsunaga, 42, é descrito pelos vizinhos do edifício Roma, na Vila Leopoldina, zona oeste de SP, onde vivia em uma cobertura avaliada em R$ 1,5 milhão. Ele foi assassinado e esquartejado. A mulher confessou o crime nesta quarta-feira, segundo a polícia.
Todas as manhãs, o administrador formado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) caminhava 22 metros em direção a um mercadinho local, onde comprava pão, sempre sozinho, dizem funcionários.
Na igreja que ele frequentava, a Catedral Anglicana de São Paulo, poucos sabiam que o homem oriental que assistia à missa ao lado da mulher loira e da filha de cerca de um ano era um executivo tão importante, afirma o reverendo Aldo Quintão.
“Ele era um homem muito discreto. Nunca levou um pacote de farinha ou algo que demonstrasse que era um membro da família Yoki.”
O empresário e a mulher Elize, 38, passaram a frequentar a igreja anglicana há cerca de três anos, quando se casaram. Lá batizaram a filha.
Ele era diretor executivo da Yoki, uma das maiores empresas alimentícias do Brasil e que foi vendida no mês passado por cerca de R$ 1,75 bilhão para o grupo norte-americano General Mills.
Matsunaga era divorciado –tinha outra filha de três anos do primeiro casamento– e a catedral anglicana, ao contrário da católica, aceitava a nova união religiosa.
O casal preferia frequentar a unidade da igreja na Vila Brasilândia, na periferia da zona norte, e não a da Chácara Flora, na zona sul, onde costumam ir os fiéis de maior poder aquisitivo.
Na Vila Brasilândia a igreja mantém uma creche. Os dois, segundo o reverendo, costumavam doar brinquedos para as crianças.
“Eles faziam questão de embalar e entregar pessoalmente”, afirma.
Fonte: Folha de São Paulo

Homem diz que estava bêbado e não lembra de ter estuprado e matado filha

 
O ex-presidiário acusado de estuprar, agredir e matar uma de suas filhas de apenas dois anos disse, em depoimento, que havia ingerido bebida alcoólica e não lembra de ter cometido o crime. Fábio dos Santos Miranda, 30 anos, foi preso em flagrante na tarde de terça-feira (5) em Mar Grande, distrito da Ilha de Itaparica.
 
Ao delegado Lucio Ubiracê, titular da 24ª Delegacia Territorial (DT/Vera Cruz), ele confessou que agredia as duas filhas gêmeas porque elas eram desobedientes: “ele disse que batia porque as crianças não queriam obedecê-lo, mas em relação à situação do estupro, ele disse que tomou uísque e não se lembra”
 
Após as agressões e a violência sexual, Fábio levou as duas crianças para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mar Grande. Uma das meninas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de ser atendida. A médica que constatou a morte da criança suspeitou do pai e acionou a polícia.
 
Investigadores da 24ª DT estavam na unidade de saúde acompanhando um preso e prenderam Fábio em flagrante. A outra criança permanece internada, mas seu estado de saúde ainda não foi divulgado. “Ele e as crianças estavam sem documentos, mas com o nome dele levantamos todos os dados e constatamos que tinha passagens pela polícia”, diz o delegado
 
Para preservar a integridade física do acusado, o delegado decidiu transferi-lo para outra carceragem. Ele deve chegar a Salvador na noite desta quarta-feira (6) e ficará custodiado naDelegacia (DT/Periperi). “Ele foi transferido porque não tem condições de ficar aqui. A população está revoltada e queria invadir a delegacia para linchar ele. Transferimos também para preservar a integridade física dos policiais e preservar a delegacia”, relata
 
Mudança 
Fábio morava em Salvador com as meninas e a mulher, Eliene Santos Santana, mas mudou para Mar Grande um mês. De acordo com assessoria de Comunicação da Polícia Civil, Eliene está presa na capital baiana desde sexta-feira (1) acusada de envolvimento com tráfico de drogas. Desde então, Fábio estava morando sozinho com as filhas
 
Fábio e Eliene têm outra filha de 10 anos, que mora com a avó materna em Salvador. Com a prisão da filha, a avó pretendia ficar com meninas e mandou uma tia das crianças ir buscá-las em Mar Grande. “Os dois são viciados em drogas. A avó queria preservar as crianças e, quando soube da prisão, mandou uma tia vim buscar, mas ele não deixou”, explica o delegado
 
"Um bicho"
O crime provocou a revolta da população do distrito e comoveu o delegado: “Ele é muito frio, parece que não fez nada. É um bicho mesmo. Não demonstra nenhum arrependimento. Neste tempo na polícia, eu já vi rosto desfigurado, coisas absurdas, corpos em estado avançado de decomposição, mas nunca vi um negócio desse. Esta situação me surpreendeu”. 
 
Fábio foi autuado em flagrante por homicídio, estupro de vulnerável, lesão corporal e tortura. Ele, que também responde a dois processos por roubo e tem passagem pela polícia por receptação, já cumpriu pena por roubo durante dois anos no Presídio de Serrinha. As informações são do Correio.

Gêmea sobrevivente de abuso sexual fica sob cuidado de avó, afirma família

 
A garota gêmea de dois anos que sobreviveu às sessões de agressão e violência sexual na Bahia recebeu alta médica e está na casa da avó, que assumirá a tutela da vítima, informa um familiar na noite desta quarta-feira (6). A irmã dela não resistiu aos ferimentos e morreu. Antes de ir para a casa, a criança esteve internada em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e recebeu assistência psicológica no projeto Viver. Os crimes ocorreram na terça-feira (5), na cidade de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica.
 
O pai delas, apontado como principal autor dos crimes, foi preso e deve ser transferido para uma delegacia na capital, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP). A SSP afirma que a medida visa preservar a integridade física do suspeito, que teria recebido ameaças de outros detentos, além da própria comunidade local.
 
O delegado titular da 24ª Delegacia Territorial de Vera Cruz, Lúcio Ubiracê, se emocionou ao falar com a imprensa sobre o caso das gêmeas. "Tenho 28 anos de polícia, sinceramente, isso daí realmente me balançou muito. vi de tudo, mas uma barbaridade como essa não", disse.
 
O suspeito vai responder por homicídio, estupro de vulnerável, lesão corporal e tortura. Um laudo com a causa da morte da criança deve ser divulgado nos próximos dias.
 
Morte
 
A Secretaria de Saúde de Vera Cruz, por meio da assessoria de imprensa, informou que a médica de plantão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tentou reanimar a criança morta, mas não conseguiu salvá-la. O órgão acrescenta que ela sofreu mutilações e o atendimento foi feito na noite de terça-feira (5). "Ele mesmo levou as crianças para o hospital dizendo que elas tinham caído da escada", afirma o delegado Lúcio Ubiracê.
 
Agressões
 
Segundo a polícia, o suspeito havia se mudado para Vera Cruz há um mês. Familiares informaram que ele estava sozinho com as crianças em casa, quando começou a sessão de agressões. As duas crianças apresentavam hematomas e marcas de violência sexual.
 
"Ele diz que cometia os maltratos porque as crianças eram desobedientes. Havia marcas de queimaduras e agressões antigas", revela o delegado Lúcio Ubiracê. “Ele nunca tinha feito isso. Pelo menos a gente nunca soube. Não sei o que aconteceu. É uma situação horrorosa”, relata um familiar que prefere