Colunista critica ênfase na busca por bênçãos: “Humanismo disfarçado de cristianismo”. Leia na íntegra

Igreja realiza evangelismo em Rodoviária e ora por passageiros antes do embarque: “Não perdemos oportunidade de pregar”, afirma pastor
Um grupo de evangélicos tomou a iniciativa de realizar um culto numa rodoviária na capital do Amazonas, Manaus.
Aproximadamente vinte fiéis da Igreja Aliança Evangélica se reuniram para orar pelos passageiros que embarcavam no Terminal Rodoviário, e após o momento de intercessão, realizaram a apresentação de uma peça de teatro.
O responsável pela ação, pastor Marcelo Siqueira, afirmou à reportagem do G1 que a iniciativa faz parte de uma estratégia de evangelização: “Já evangelizamos em tribos indígenas, em outras igrejas, escolas e em comunidades do Tarumã [zona oeste de Manaus]. Fomos convidados por uma irmã que trabalha na rodoviária e oramos por todos que viajaram. Nós não perdemos a oportunidade de pregar a palavra de Deus”.
O grupo de evangélicos manauaras que evangelizam é formado basicamente por jovens, alguns deles com histórico de uso de drogas e libertação do vício: “Tentamos resgatar a juventude por meio da dança e do teatro. Eles trabalham diretamente com o evangelismo e se doam completamente. Já chegaram a dormir no chão da igreja para se apresentar. São mais de 700 jovens trabalhando em prol da evangelização na nossa igreja. Semana passada, apresentamos o mesmo musical de maneira mais completa, com 30 minutos”, testemunhou o pastor Siqueira.
A repercussão da iniciativa evangelística perante os passageiros do Terminal Rodoviário foi boa, de acordo com o pastor: “Por ser um local em que muita gente fica transitando, as pessoas deram bastante atenção e oraram com a gente. Afinal, quem não quer receber oração? Ainda mais nós que vemos tantos acidentes nas estradas”.

Católicos deixarão de ser maioria no Brasil em 2030, prevê especialista

Nas últimas décadas o catolicismo tem perdido público para outras religiões, principalmente para igrejas evangélicas, a porcentagem apresentada pelo novo Censo do IBGE faz com que pesquisadores acreditem que até 2030 os católicos serão menos de 50% da população brasileira.
Apresentado na última sexta-feira, o Censo 2010 mostra que 64,6% da população brasileira se declara católica, número que em 2000 era de 73,6%. Para pesquisadores, se o número de católicos continuar a cair e o de evangélicos (que hoje chega em 22% da população) continuar a crescer no mesmo ritmo, em 2030 essas proporções estarão igualadas.
Os professores José Eustáquio Diniz e Suzana Cavenaghi, ambos do Instituto Nacional de Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) e Luiz Felipe Walter Barros, do IBGE, chegaram a conclusão de que nos estados onde há maior diversidade religiosa é possível notar a maior queda no número de católicos.
Eles dão como exemplo o estado do Rio de Janeiro que tem os menores percentuais de católicos do país (45,8%) e o maior número de sem religião (15,5%) e também um grande número de membros de outras religiões sem ser evangélicos (29,4%).
“Apenas pelo efeito da inércia demográfica haverá crescimento da população evangélica. Se ainda houver atração de fiéis de outras denominações, o crescimento será maior ainda. O fato de haver maior presença entre mulheres e jovens pode ser uma vantagem comparativa dos evangélicos no Brasil”, diz trecho de uma análise assinada pelos três especialistas para a Revista Veja.

 
Marco Feliciano pede que evangélicos se unam contra a aprovação da PLC 122
O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSB-SP) postou um texto em seu blog nesta quarta-feira (4) em que convoca os evangélicos a se unirem contra a aprovação da PL 122/2006, que criminaliza a homofobia.
Segundo Feliciano, ativistas pró-homossexuais enviaram na última semana de junho um documento ao Supremo Tribunal Federal solicitando o julgamento da proposta. A relatora do projeto é a senadora Marta Suplicy (PT-SP).
O processo tem enfrentado morosidade para ser votado no Congresso Nacional. Com isso, os ativistas ganham legitimidade para levar ao Supremo a votação da matéria.
“Este é um assunto que os faria [STF] parar tudo o que estão fazendo no momento e agarrar com as várias mãos e acelerar o processo de julgamento, que com certeza, será favorável ao projeto”, acredita o deputado.
Para ele, os ministros do STF tem visão progressista, tendo em vista que já aprovaram união estável homoafetiva e deram parecer favorável quanto à aprovação do aborto dos anencéfalos. “Se algo não for feito urgentemente, a próxima será a criminalização da homofobia”, alerta Feliciano.
O deputado e pastor fornece números que comprovam que o Brasil não é um pais homofóbico: em 2010 dos 50 mil casos de assassinatos, 260 foram considerados crimes de homofobia, e destes, 80% crimes cometidos pelos próprios parceiros dos homossexuais.
“Sinto muito pela morte destas pessoas, mas daí, usar isto para justificar que uma parcela da sociedade seja tratada com privilégios? É inaceitável”, diz Feliciano.
O deputado incentiva que haja uma mobilização nacional dos que são favoráveis à liberdade de expressão e dos que não concordam com a ideologia homossexual. “Sem isso seremos amordaçados e punidos por não concordarmos com tais atitudes e comportamentos e perderemos o direito da livre expressão do pensamento conquistada e garantida pela declaração de direitos humanos”, aponta.
Feliciano acredita que a divulgação das informações do Censo 2010 do aumento no número de evangélicos entre a população brasileira acirrou ainda mais os ânimos dos “ativistas cristofóbicos”.
“Cadê a igreja? que assiste de longe, cobrando muito e agindo pouco, fechada em seus problemas internos”. Ele finaliza conclamando que os evangélicos deixem suas diferenças e se unam em torno de temas comuns e princípios cristãos universais.