Passo a Passo da Tragédia em Santa Maria, RS


Presos são suspeitos de dar sumiço a provas, diz Ministério Público

O Ministério Público do Rio Grande do Sul disse nesta segunda-feira (28) que os quatro presos após o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), foram detidos para que as provas do caso sejam mantidas e recuperadas. A tragédia deixou 231 mortos.
Foram presos de maneira temporária dois donos da boate Kiss e dois integrantes da banda que se apresentava no momento do incêndio - um deles suspeito de acender e usar o sinalizador que teria causado o começo do fogo.
"Há suspeitas de que eles (detidos) estejam com provas que interessam e que podem sumir", disse a promotora Waleska Agostini, segundo a Folha Online. Ela e o promotor Joel Dutra estão acompanhando as investigações.
Segundo a promotora, na boate há sinais de um circuito de filmagem, mas os equipamentos não foram localizados. A perícia vai determinar se as provas foram retiradas do local depois do incêndio.
"As câmeras de filmagem não estava no local, não havia nenhum computador com armazenamento de memória", afirmou Agostini.
A polícia vai contatar a empresa responsável pelos equipamentos de segurança para saber como eles funcionavam - se era apenas feito um monitoramente sem gravação ou se as imagens eram armazenadas.
O delegado Sandro Meiner afirmou que "as prisões são para possibilitar as investigações dos fatos em todas as suas nuances".
 
Moradores de Santa Maria deixaram flores no local da tragédia nesta segunda
Entenda a tragédia
Na madrugada do dia 27 de janeiro, centenas de jovens participavam de uma festa na boate Kiss, no Centro de Santa Maria. O fogo começou durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira. Por volta de 2h30m, um dos integrantes do grupo utilizou um sinalizador luminoso, cujas fagulhas atingiram a espuma de isolamento acústico da casa noturna, provocando o incêndio.

As vítimas buscaram rotas de fuga, no entanto, segundo relato de sobreviventes, um grupo de seguranças bloqueou a única saída da boate para evitar que os clientes saíssem sem pagar. Sem conseguir sair do estabelecimento mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. A maioria dos mortos foi vítima de intoxicação pela fumaça. Os bombeiros encontraram dezenas de corpos empilhados nos banheiros, onde muitos ainda tentaram se proteger, e em frente à porta da boate. O incêndio, que teve repercussão internacional, é considerado o segundo maior da História do país e a maior tragédia do Rio Grande do Sul.

Com 262 mil habitantes, Santa Maria é uma cidade universitária que fica na região central do estado. A festa, chamada de “Agromerados“, reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFMS). A maior parte deles tinha entre 16 e 20 anos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o plano de prevenção contra incêndios da boate Kiss estava vencido desde agosto de 2012.

Localizada na Rua Andradas, a boate Kiss costumava sediar festas e shows para o público universitário da região. A casa noturna é distribuída em três ambientes — além da área principal, onde ficava o palco, tinha uma pista de dança e uma área vip. Segundo informações do site da casa noturna, os ingressos custavam R$ 15.

Evangélicos lamentam mortes na boate em Santa Maria


Evangélicos lamentam mortes na boate em Santa Maria 
                                         Evangélicos lamentam mortes na boate em Santa Maria
Enquanto o Brasil inteiro lamentava a morte de quase 250 jovens por causa de um incêndio na boate Kiss de Santa Maria, RS, vários evangélicos se mobilizaram pela internet.
O Reverendo Hernandes Dias Lopes usou o Facebook para lamentar o episódio que ceifou centenas de vidas. “Um domingo de lágrimas no Brasil. A nação brasileira está consternada… É tempo de orarmos em favor das famílias enlutadas e nos colocarmos como instrumentos nas mãos de Deus para levarmos o Evangelho de Cristo, a única mensagem que preenche o vazio do coração humano e consola os aflitos”, escreveu.
Muitos evangélicos postaram pedidos de oração, anunciaram campanhas que suas igrejas iriam fazer e lamentaram que muitos dos mortos provavelmente não conheciam o Senhor Jesus. Também houve muita discussão se a imagem no site da banda “gurizada Fandangueira” que teria causado o incêndio por causa de um show pirotécnico, seria um prenuncio da tragédia.
O pastor Josué Gonçalves, do ministério Família Debaixo da Graça, postou na rede social: “Meus sentimentos aos nossos irmãos gaúchos pela tragédia acontecida na boate em Santa Maria. Que o Senhor ampare as famílias, esse é um momento oportuno para refletirmos sobre muitas coisas”.
Ailton Rodrigues de Moraes, que é pastor de uma igreja batista em Santa Maria, convocou os membros de sua igreja para montar “equipes de apoio”, e se dirigir ao hemocentro da cidade amanhã para doar sangue, anunciou que abrirá a igreja para abrigar parentes das vitimas que foram para Santa Maria e não tiverem onde ficar e fará uma distribuição de lanches diante do Hospital Universitário, onde estão muitos feridos.
Mas também houve muito debate sobre o que aconteceu na boate do ponto de vista espiritual.
Sergio Rafael da Silva divulgou a imagem e comentou “se você tiver um pouquinho de sensibilidade espiritual, olhe ao redor da caveira tocando, cheio de pessoas em meio ao fogo, isso já estava mais que avisado que alguma coisa iria acontecer. Meu Deus…”.
                        cartaz da festa
                  Um texto sem assinatura também foi reproduzido por muitos evangélicos, e dizia:
“Kiss, o beijo do diabo. 
Essa madrugada perdemos 245 jovens em Sta. Maria, foi uma grande ceifa, e quem foi o ceifeiro? A verdade é que o campo estava florido e onde estavam os verdadeiros ceifeiros? Permitiram a ceifa do ladrão, o nome é proporcional a sedução, kiss ou beijo. A pergunta que não quer calar é: Será que havia alguém desviado? Um filho de um cristão? Amigo de um servo do Senhor? Como o jovial pensamento de sermos intocáveis 245 jovens seduzidos foram beijados, famílias desfalcadas e a pergunta é: como ouviram se não há quem pregue? Como se salvarão se ninguém se dispõe a ir?
Poderia ser uma grande ceifa mais o ladrão roubou nossa colheita. Que se levante a geração de Gideão que toma das mãos dos ladroes a colheita que é do povo de Deus. Talvez jovens vão ler esse texto e pensarem que estou radicalizando mais poderia ter sido você, e lá estaria morto(a) o ex adorador, pregador ou cristão. Beijados por satanás, estamos diariamente perdendo inúmeros jovens, e pq? Os campos estão floridos mais não há ceifeiros”.