Pastor Silas Malafaia “não é candidato a nada e pode ser candidato a tudo”, afirma cientista político. Leia na íntegra

Pastor Silas Malafaia “não é candidato a nada e pode ser candidato a tudo”, afirma cientista político. Leia na íntegra
O cientista político Murillo de Aragão analisou a entrevista do pastor Silas Malafaia à seção “Páginas Amarelas” da revista Veja em um artigo publicado no blog do jornalista Ricardo Noblat, de O Globo.
Em sua análise, Aragão afirma que o pastor “Malafaia comprova ser uma das personalidades mais influentes do país nos dias de hoje” e que o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo “pode ter um imenso potencial eleitoral” por sua conduta: “Até mesmo pelo fato de que sua vida, pelo menos o que se sabe dela, não envolve nenhum aspecto que entre em contradição com sua pregação”.
Segundo o cientista político, as “afirmações [do pastor Silas Malafaia] demonstram que ele é mais do que um pastor; é uma personalidade política com sofisticação em suas articulações”, e que o fato de ele “dizer que não é candidato a nada, torna-se mais forte ainda como potencial candidato a tudo”.
De acordo com Aragão, Silas Malafaia possui grande audiência também fora do meio evangélico, o que aumenta sua potencialidade política: “É de considerar o fato de que Malafaia tem uma pregação que ultrapassa os arraiais do mundo evangélico. E que tal pregação, fundada mais em valores do que em religiosidade, pode levá-lo a adquirir uma situação política ainda mais forte em seu segmento, e respeitável fora dele”, afirma o especialista.
O pastor Silas Malafaia comentou a avaliação do cientista político Murillo de Aragão: “Tenho que rir”, afirmou em seu perfil no Twitter.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Malafaia não é candidato a nada e pode ser candidato a tudo”, do blog do Noblat:
Em uma boa entrevista à Veja algumas semanas atrás, o pastor Silas Malafaia confirma ser uma pessoa polêmica, mas de posições firmes e claras. Porém, afora as declarações polêmicas, que fazem o prazer da imprensa e do leitor superficial, Malafaia diz algumas coisas muito importantes na entrevista. Uma delas é o fato de acreditar que os pastores podem ter papel político, sim.
Malafaia refuta a intenção de o religioso ser jogado de lado no debate político. Defende que todos podem fazer política, inclusive os religiosos. Vale destacar que ele usa o termo “religiosos” ao invés de “pastores”.
Outra afirmação forte é a de que nunca será candidato a nada. Mas diz que quer influenciar as pessoas e que “não sataniza partido político nem candidaturas”.
Em suas pregações, Malafaia embute muitas reflexões de natureza política, e não apenas no que tange a questões como o aborto ou o homossexualismo. Suas afirmações demonstram que ele é mais do que um pastor; é uma personalidade política com sofisticação em suas articulações.
Com esse tipo de pregação, Malafaia pode ter um imenso potencial eleitoral. Até mesmo pelo fato de que sua vida, pelo menos o que se sabe dela, não envolve nenhum aspecto que entre em contradição com sua pregação.
Com o destaque ganho na seção Páginas Amarelas, Malafaia comprova ser uma das personalidades mais influentes do país nos dias de hoje. E, ao usar essa sua influência para abdicar da possibilidade de ser candidato, prepara-se para ser um poderoso cabo eleitoral. Talvez o mais influente de todos para as eleições de 2014 dentro do mundo evangélico.
Porém, ser candidato presidencial, ou não, não é uma questão simples nem de natureza pessoal. Malafaia, ao dizer que não é candidato a nada, torna-se mais forte ainda como potencial candidato a tudo.
É evidente que uma candidatura presidencial não nasce de uma hora para outra. Tem de amadurecer e depender das circunstâncias políticas e econômicas.
Considerando que o “lulismo” deve ter fôlego para mais uma eleição presidencial, pelo menos, o quadro para 2018 ainda apresenta alguns lugares disponíveis. Em especial, no espectro da “centro-direita” e da “direita”.
Outro ponto relevante é que existe um potencial eleitoral entre os evangélicos que nunca foi adequadamente explorado com a constituição de um partido. Um partido com base em princípios do cristianismo que poderia ultrapassar os próprios limites dos evangélicos.
Por suas múltiplas denominações e divisões, fica difícil acreditar que os evangélicos marchariam unidos ao largo de preferências partidárias “seculares”.
Porém, podem servir de base a uma agremiação partidária forte, assim como os metalúrgicos do ABC foram a base original do PT, que há muito é um partido que aglutina trabalhadores, profissionais liberais, empresários, líderes do terceiro setor, burocratas, entre outros.
É de considerar o fato de que Malafaia tem uma pregação que ultrapassa os arraiais do mundo evangélico. E que tal pregação, fundada mais em valores do que em religiosidade, pode levá-lo a adquirir uma situação política ainda mais forte em seu segmento, e respeitável fora dele.
No mundo evangélico, Malafaia não é o único protagonista. Waldemiro Santiago e Edir Macedo são seus potenciais “concorrentes”. No entanto, Edir Macedo e seu PRB não conseguem deixar de ser vistos como uma força da Igreja Universal, e não dos evangélicos como um todo. Santiago ainda não tem uma estratégica política clara.
Sendo assim, nenhum dos concorrentes de Malafaia tem um discurso tão forte e com tanto potencial político no cenário de médio e longo prazos quanto o seu. E com capacidade de articular uma candidatura e/ou um partido com base evangélica e alcance no mundo católico que seja competitivo ao final da década.
Murillo de Aragão é cientista político

Cel. Hélio Gondim recebe Homenagem.

Solenidade em homenagem ao coronel Gondim
é marcada com emoção
“Deixo a atividade policial, satisfeito, orgulhoso, de cabeça erguida, pois me acompanha a sensação do dever cumprido.” Hélio Alves Gondim.
Momentos de emoção e recordação foram marcados durante a homenagem realizada pela Polícia Militar para o coronel PM Hélio Alves Gondim, por sua passagem para a reserva remunerada da Corporação. O evento foi realizado no início da tarde de ontem (14) no Quartel do 3º Batalhão em Juazeiro, e reuniu autoridades militares e civis, além de familiares e amigos.
A abertura da solenidade foi marcada, com o relato de agradecimento, pela ação solidária do coronel Gondim na época capitão PM em prol do policial militar Gama. Em seguida, o comandante geral da PM, coronel Alfredo Braga de Castro, entregou ao coronel uma placa em sua homenagem. Eva Gondim, sua esposa, recebeu das mãos do Comandante Geral um buquê de rosas.
Durante sua explanação, o coronel Gondim atribuiu o sucesso na formação profissional ao conhecimento adquirido através dos soldados e oficiais. ”Foram tantos que me ensinaram nesta casa onde nasci profissionalmente, aos amigos de longe e de perto, de ontem e de hoje. A pesar de tudo deixo a atividade policial satisfeito, orgulhoso e feliz, de cabeça erguida, pois me acompanha a sensação do dever cumprido", definiu.
O Comandante Geral relembrou grandes momentos do coronel homenageado durante sua trajetória e ao final agradeceu em nome da PM da Bahia. “Pioneiro no policiamento comunitário em Senhor do Bonfim, destemido Comandante do Batalhão de Choque, você leva para a inatividade a gratidão de sua Corporação e o respeito de todos. Felicidades amigo, e que Deus vos abençoe.”
Ao final da solenidade a guarda de honra desfilou em continência ao coronel PM Hélio Gondim, oficial que marcará a história da quase bicentenária Milícia de Bravos, pelos seus 41 anos de dedicação, superação, capacitação em prol da Polícia Militar, realizando o sonho do máximo degrau da carreira militar.