Igreja Católica perde espaço para as evangélicas em Cuba


 
      Igreja Católica perde espaço para as evangélicas em Cuba
Essa semana o Papa Bento XVI visitou Cuba e foi bem recebido pela população que ganhou folga no trabalho para poder ver o pontífice de perto. Mas de acordo com o jornal The New York Times o número de católicos naquele país tem diminuído, dando lugar para o crescimento de igrejas evangélicas.
O reverendo Jorge Ortega, da Igreja Metodista Carismática do bairro Marianao, em Havana, falou ao jornal americano dizendo que a Igreja Católica só ficou cheia pela visita ilustre do líder, mas na sua congregação todos os domingos o culto fica cheio.
“Isso ocorre todos os domingos, e embora as igrejas católicas provavelmente estejam recebendo um pouco mais de gente devido ao papa, o número de fiéis delas não se compara ao nosso”, disse ele.
Ortega garante que sua igreja teve um crescimento de 40% nos últimos cinco anos, tendo aproximadamente 2.700 membros nos dias de hoje. Esse aumento do número de evangélicos se deve a suspensão das restrições aos cultos religiosos que antes existia no país.
“Sim, o crescimento deveu-se à redução das restrições à igreja na década de noventa, mas também ao crescimento explosivo do pentecostalismo na América Latina durante a década”, explica R. Andrew Chesnut, professor de religião da Universidade Virginia Commonwealth e especialista em fé religiosa na América Latina.
Foi a identificação, ao contrário da Igreja Católica, as evangélicas começaram a atrair a população anunciando a mensagem com músicas que misturam os ritmos africanos como lembra o pastor da Igreja Batista Ebenezer, Raul Suarez.
“É natural que em Cuba as pessoas busquem uma religião, uma corrente espiritual para carregá-los, e isso está ocorrendo de uma maneira abrangente”, disse o religioso que estava comemorando os 65º aniversário da denominação.
O que esses pastores possuem de dificuldade é a falta de meios para divulgar o evangelho, já que em Cuba não é possível alugar horários nas rádios ou na TV. Outro impedimento é que a lei cubana não autoriza a compra de propriedades para construir templos, ou seja, se a igreja crescer não pode comprar um terreno para construir uma maior como acontece no Brasil.
Com informações UOL

Casa de Bin Laden é encontrada pela inteligência do Paquistão


outra casa de bin laden (Foto: Anjum Naveed/AP) 
Outra casa de Bin Laden é encontrada pela inteligência do Paquistão. (Foto: Anjum Naveed/AP)
A residência, na cidade fronteiriça de Haripur, era uma das cinco casas de segurança utilizadas pelo líder da al-Qaeda durante a fuga no Paquistão de acordo com informações reveladas por sua mulher mais nova, que foi presa.
O soldado paquistanês aposentado Shaukat Qadir, que passou os últimos oito meses rastreando os movimentos de Bin Laden, disse à Associated Press que a inteligência chegou à casa por meio de agentes da inteligência, que localizaram o local a partir de uma descrição recebida de Amal Ahmed Abdel-Fatah al-Sada.
Al-Sada, um iemenita de 30 anos de idade, está sob custódia do Paquistão desde 2 de maio, quando a Marinha americana invadiu o complexo em Abbottabad, matando Bin Laden e quatro outras pessoas. Desde então, a agência de inteligência do Paquistão, conhecida como ISI,  tenta descobrir o caminho que o levou à vila de Abbottabad no verão de 2005.
A melhor informação parece ter vindo de al-Sada, que se acreditava ser o seu favorito e que viajou com Bin Laden desde sua fuga de Tora Bora, no Afeganistão oriental Serra em 2001.
Qadir, um veterano do exército de 35 anos que agora é um consultor de segurança, teve acesso às transcrições do interrogatório de inteligência paquistanês de al-Sada e a outros documentos sobre os movimentos bin-Laden.
Os detalhes da vida de Bin Laden como um fugitivo - que foram publicadas pela primeira vez pelo jornal paquistanês Amanhecer - levantam mais questões sobre como Bin Laden foi capaz de permanecer desapercebido por tanto tempo no Paquistão após os ataques de 11 de setembro, apesar de ser o alvo de uma caçada internacional maciço.
No entanto, um oficial sênior dos EUA, que teve acesso aos objetos encontrados na casa de Bin Laden de Abbottabad, disse que não havia nenhuma evidência de que autoridades paquistanesas tinham conhecimento da presença de Bin Laden. "Não havia armas. Nós não encontramos nada", disse ele em condição de anonimato porque não estava autorizado a falar sobre o conteúdo da casa Abbottabad
Segundo o relatório de interrogatório, bin Laden viveu em cinco casas seguras e pai de quatro filhos - o caçula dois nascido num hospital público em Abbotabad. Mas os investigadores só localizaram os casas em Abbottabad e Haripur.
Descrições de Al-Sada sobre as casas têm sido vagas e na casa Haripur só foi encontrado após uma série de erros e acertos. A casa era de dois andares, tinha um porão e, aparentemente, foi usada por Bin Laden, enquanto ele esperava a construção da casa em Abbottabad, uma cidade a apenas 30 km.
Investigadores vasculharam a área à procura de propriedades, até que encontraram a casa em Haripur Naseem Town, um subúrbio caótico, onde as casas de relatico alto padrão convive com  cabanas de barro cozido ao sol, pertencentes aos afegãos nômades.
AluguelComo a CIA, a agência paquistanesa também acompanhou os movimentos do mensageiro paquistanês de Bin Laden, que usava o pseudônimo Abu Ahmed al-Kuwait, e seu irmão. Eram homens de frente de Bin Laden e eram da etnia pashtun.
O ISI descobriu que a casa Haripur, assim como a terra em que a casa da vila de Abbottabad, foi alugada por dois irmãos pashtun que diziam ser Charsadda, uma cidade dominada por pashtun a cerca de 110 quilômetros.
A AP localizou a casa Haripur e encontrou o corretor de imóveis, Pir Mohammed, que alugou a casa de quatro quartos para os dois irmãos, Salim e Javed Khan de Charsadda, por US$ 150 por mês. Na época, Pir Mohammed tinha uma pequena empresa, a Mashallah. Ele disse que sua reunião com os irmãos foi rápida. "Eles devem ter visto a placara e entraram", disse Mohammed, acrescentando que ele encontrou os irmãos apenas três vezes - quando assinaram o contrato, quando eles se mudaram para a casa e quando saíram, 11 meses depois.
Dois meses atrás, vários agentes do ISI teve todos os registros da casa e seus inquilinos desde a sua construção em 2000, disse Qasi Anis Rahman, o irmão da viúva, que é dono da casa. "Eles só disseram que foi para 'fins de segurança'", disse Rahman.
Al-Sada está sob custódia do Paquistão, junto com as outras duas esposas de Bin Laden e vários filhos. Eles foram presos após o ataque. A marinha americana deu um tiro na perna de al-Sada durante a operação.
Mohammed Amir Khalil, advogado das três viúvas, disse que elas seriam formalmente acusadas por estar em situação irregular no Paquistão em 2 de abril. Elas podem ser condenadas a no máximo cinco anos de prisão.
Fonte: G1

ex-comandante da PM-RJ defende coronel preso por morte de juíza

                                     coronel mário sérgio duarte, ex-comandante da PM do Rio de janeiro (Foto: Alexandre Durão/G1) 
                                Mário Sérgio diz que pedido de demissão da PM ocorreu
                                sem conhecer o processo sobre morte de Patrícia Acioli
Seis meses após deixar o comando da Polícia Militar do Rio devido à prisão de policiais acusados de matar a juíza Patrícia Acioli, o coronel Mário Sérgio Duarte defende o oficial apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil como o mandante do assassinato e que era seu subordinado na época.

Em sua primeira entrevista após o episódio, Duarte diz ao G1 que não vê no processo provas contra o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, e admite ter sido decisão sua tirar os homens que atuavam como seguranças de Patrícia.
Foi a prisão de Oliveira – na época chefe do batalhão de São Gonçalo e hoje em uma penitenciária federal - que fez Duarte deixar o cargo. A juíza combatia milícias e grupos de extermínio na Baixada Fluminense, determinando a prisão de PMs ligados ao tenente-coronel acusados de assassinatos e de ficar com o espólio do tráfico. Para o advogado da família de Acioli, Oliveira "desejava a morte da juíza", com quem tinha uma “rixa antiga” após ser processado por ela por abuso de autoridade em 1989.
“Eu saí da PM com a crença de que, de fato, havia provas robustas contra o Cláudio [Oliveira] e entreguei o meu cargo. Foi um gesto de renúncia. Agora, após conhecer o processo, concluo da sua inocência”, afirma Mário Sérgio ao G1. “Muito se falou sobre a juíza estar investigando o coronel e o batalhão dele, mas juízes julgam, não investigam", declara.
O ex-comandante usa o argumento da falta de provas contra o subordinado para defender que, se tivesse na época o conhecimento que tem agora sobre o caso, “não teria pedido para sair”. Ao enviar ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a carta de demissão, logo após a prisão de Oliveira, ele estava internado para uma cirurgia.
Saí da PM com a crença de que havia provas robustas contra o tenente-coronel Cláudio. Foi um gesto de renúncia. Hoje, concluo da sua inocência"
Mário Sérgio Duarte, ex-comandante-geral da PM-RJ
“Não consigo encontrar provas. A prisão do Cláudio se fundamenta na delação premiada de dois cabos. Um deles diz que o assassinato foi planejado com o tenente depois que ambos tiveram a prisão decretada pela juíza. O cabo diz que ouviu do tenente, que ele teria ouvido do coronel orientações para o crime e palavras de assentimento. Num caso assim é elementar uma acareação, o que não houve”, diz Duarte.
O ex-comandante se refere ao tenente Daniel Benitez e aos cabos Jefferson de Araújo Miranda e Sérgio Costa Júnior, flagrados por câmeras de segurança do condomínio onde a juíza morava no local no dia do crime e apontados como executores do assassinato.

                                                patrícia acioli pedido de segurança (Foto: Alexandre Durão/G1) 
                                            Documento mostra pedido de Patricia para
                                            que seguranças ficassem a sua disposição
Foi o cabo Miranda quem delatou em depoimento à Polícia Civil que Oliveira mandou os subordinados matarem Acioli. Já na Justiça, ele mudou a versão, negando ter envolvido o tenente-coronel. O cabo Júnior mantém a posição de suspeita sobre o tenente-coronel, mas sem acusá-lo como mandante.
Além do depoimento dos dois cabos, que acusaram o tenente-coronel de ter indiretamente orientado a execução e também de ficar com o espólio do tráfico e acobertar execuções cometidas na unidade, a prisão de Oliveira está fundamentada, segundo o decreto judicial, no depoimento de familiares da juíza, que afirmam que os dois tinham um desentendimento antigo desde que ela foi presa durante um jogo de futebol em 1989.
O comando de Mário Sérgio ficou conhecido pelo sucesso na política de implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio, combatendo traficantes e a milícia. Ele enfrentou momentos difíceis na segurança pública do estado, como a greve dos bombeiros, em que teve que mandar o Bope invadir um quartel dominado pelos rebelados, e a derrubada, por criminosos, de um helicóptero da PM, provocando a morte de dois de seus homens.
Animado, Mário Sérgio prepara agora o que chama de “reinserção na vida pública”. Em casa, escreve dois livros – um sobre liderança e outro sobre a conquista do Complexo do Alemão, que chefiou pessoalmente e que considera como sua grande realização na corporação, "a missão cumprida". Além disso, retomará o trabalho na área que domina.
“Estou me dedicando à família e ao projeto da Secretaria de Políticas Públicas de Segurança em Três Rios (cidade de 77 mil a 125 km do Rio de Janeiro), que vou assumir”, descreve.
                                        Juíza Patrícia Acioli foi morta a tiros na porta de casa, em Niterói. (Foto: Reprodução / TV Globo) 
                                    Juíza Patrícia Acioli foi assassinada na porta de casa       
Sobre a morte da juíza Patrícia Acioli, Mário Sérgio aponta diversos fatores que podem ter interferido no assassinato.
"Foi uma ação cruel, covarde, sem chances de defesa da vítima. Mas várias pessoas não gostavam dela, não sei que motivos poderiam ter, talvez vingança. O tenente e o cabo tiveram a prisão decretada por ela no dia anterior. Por que é que precisa ter um mandante?", diz.
Ele, porém, diz que "não se arrepende" de ter deixado o cargo. "Aquele era um gesto moral que entendi como absolutamente necessário na ocasião. No hospital, as informações que me chegavam eram de que havia provas do envolvimento do Oliveira no assassinato e eu não podia permitir que a responsabilização por meus atos respingasse em outras pessoas. Mas, hoje, a conclusão que tenho é diferente. Se tivesse o conhecimento que tenho agora sobre o que houve, não pediria para sair”, desabafa.
Fonte: G1