Conheça as vítimas do incêndio em boate de Santa Maria Governo gaúcho divulgou lista com os nomes das 230 vítimas confirmadas. Todos os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal na cidade.


Andressa Brissow (Foto: Arquivo Pessoal)


Andressa Ferreira (Foto: Arquivo Pessoal)


Ana Caroline Rodrigues, vítima do incêndio em Santa Maria (Foto: Arquivo Pessoal)


Alex Giacomolli (Foto: Arquivo Pessoal)

Conheça as vítimas do incêndio em boate de Santa Maria

Governo gaúcho divulgou lista com os nomes das 230 vítimas confirmadas.
Todos os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal na cidade.


Alex Giacomolli
Alex Giacomolli era natural de Tapera, estudava Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e trabalhava como técnico agropecuário na empresa Stara.



Ana Caroline Rodrigues
Ana Caroline Rodrigues, de 19 anos, era natural de Esmeralda e cursava tecnologia de alimentos em Santa Maria.



Ana Paula Anibaletto dos Santos
Ana Paula Anibaletto dos Santos era natural de Entre Rios e estudava Medicina Veterinária na UFSM.

Andressa de Moura Ferreira
Andressa Ferreira era natural de Santa Rosa e morava em Santa Maria desde o ano passado, quando passou para o vestibular de medicina veterinária na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Em 2011, a jovem se formou no ensino médio na Fundação Educacional Machado de Assis (Fema) de Santa Rosa. Foi representante de Santa Rosa no Garota Verão 2011.

Andressa Thalita Farias Brissow
Andressa Brissow era de Itaqui e morava em Santa Maria, onde estudou na Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA). Irmã de Louise Brissow, que também morreu no incêndio.



Andrise Farias Nicoletti
Andrise Farias Nicoletti, de 20 anos, era natural de São Gabriel e estudava Agronomia na UFSM.

Ângelo Nicoloso Aita
Ângelo Nicoloso Aita era natural de Alegrete e morava em Santa Maria, onde estudava na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Torcia para o Grêmio.

Ariel Nunes Andreatta
Ariel Nunes Andreatta era natural de Jóia, mas residia em Santa Maria. Formou-se na Escola Técnica Estadual 25 de Julho, em Ijuí.

Augusto Cezar Neves
Augusto Cezar Neves cursava bacharelado em Ciência da Computação na UFSM.

Augusto Sergio Krauspenhar da Silva
Augusto Sergio Krauspenhar da Silva estagiava na 1ª Vara Cível de Santa Maria. Estudava Filosofia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Direito no Centro Universitário Franciscano (UNIFRA).
ALGUNS NOMES VAMOS ORAR POR ESTAS FAMILIAS.

Corpos de vítimas de incêndio em boate começam a ser velados; 233 morreram A Prefeitura de Santa Maria decidiu fazer um velório coletivo porque o município não tem estrutura para sepultar individualmente as vítimas da tragédia

Os corpos das vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, na madrugada deste domingo (27) começaram a ser velados no início da noite de hoje, poucas horas após o reconhecimento de 141 corpos. Ao todo, 233 morreram e outras 106 continuam internadas em hospitais da região.

A Prefeitura de Santa Maria decidiu fazer um velório coletivo porque o município não tem estrutura para sepultar individualmente as vítimas da tragédia. O velório está sendo realizado no Centro Desportivo Municipal.


Foto: Wilson Dias/Abr
Caixões são levados para o Centro Desportivo Municipal

A lista provisória com os nomes de 141 vítimas foi divulgada no final da tarde pela Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul. A lista será atualizada, até que os 233 corpos sejam identificados. Familiares e amigos estão no Centro Municipal de Desportos para ajudar na identificação das vítimas.

Assim que for concluído o processo doloroso de identificação das vítimas, uma cerimônia ecumênica será realizada na manhã desta segunda-feira (28), segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Desde às 12h de hoje, parentes e amigos das vítimas tiveram acesso ao Centro Municipal de Desportos, na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, para identificar os corpos. O clima no local é bastante fúnebre e é comum ver pessoas chorando e desmaiando ao confirmar a identidade das vítimas.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido de Melo, afirmou que a maioria das pessoas mortas no incêndio morreu por asfixia. Segundo ele, poucas pessoas morreram em decorrência de queimaduras.
Um capitão da Brigada Militar contou ao jornal O Globo que 90% dos corpos foram encontrados nos dois banheiros - um masculino e outro, feminino. Segundo ele, a boate teria apenas uma saída e os jovens podem ter confundido a porta dos banheiros com as de saída.

O coronel também confirmou que testemunhas declararam que os seguranças da boate Kiss impediram a fuga dos clientes durante o incêndio, para evitar que saíssem sem pagar.

Cerca de 231 pessoas morreram no incêndio (Foto: Agência Brasil)

Integrante de banda que tocava em boate está entre os mortos Danilo tocava na banda Gurizada Fandangueira com outros cinco integrantes na boate Kiss no momento do incêndio


Foto: Reprodução/Facebook

O sanfoneiro e gaiteiro da banda Gurizada Fandangueira Danilo Jaques, o mais jovem do grupo, é um dos 231 jovens mortos no incêndio que aconteceu na madrugada deste domingo (27) em uma boate no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Danilo tocava com outros cinco integrantes da banda na boate Kiss no momento do incêndio.

O baterista da banda Eliel de Lima, de 31 anos, disse em entrevista ao G1 São Paulo que foi o último músico a deixar o palco e que viu Danilo parado ao lado da porta do banheiro preso à sanfona e foi aí que ele ajudou o amigo a se livrar do instrumento.

"A essa altura, o pessoal já estava correndo, a fumaça levantando, aí não vi mais ele, estava tudo escuro, era uma fumaceira", disse em entrevista ao G1.

Eliel correu na direção da saída e ficou do lado de fora esperando pelos companheiros da banda, mas Danilo foi o único que não conseguiu sair. "Fomos nos encontrando aos poucos e ficamos na expectativa de achar o Danilo, mas ele não apareceu”, lembrou.

Reprodução/FacebookDa esquerda para a direita: o baterista Eliel de Lima, o sanfoneiro Danilo (camisa azul e blazer preto), o percussionista Marcio, o baixista Geovani (ao fundo), o vocalista Marcelo e o ex-integrante Wil (Foto: Reprodução/Facebook)
Extintor não funcionouEliel contou ainda que os integrantes da banda foram as primeiras pessoas a perceber o fogo e, por isso, conseguiram escapar rápido, mesmo o palco ficando no lado oposto ao da porta de saída. “Um segurança chegou com um extintor de incêndio, tentou apagar o fogo, mas o extintor não funcionou”, revela o baterista.

Show pirotécnico

Segundo integrantes da banda, os shows eram realizados na boate pelo menos uma vez por mês. O grupo estava acostumado a usar efeitos de pirotecnia durante alguns segundos nas apresentações como é possível ver nos vídeos publicados no canal oficial do grupo no YouTube. Clique aqui para assistir.. "Nunca deu problema, e não são os músicos que controlam isso, mas um rapaz da equipe técnica. A gente usava aqueles negócios no chão, que levantam e se apagam sozinhos. Acho que aciona por controle remoto", disse ao portal G1. Ainda segundo o baterista da Gurizada Fandangueira, os companheiros ainda não conversaram sobre o acidente.

Jovem presa em boate pediu socorro pelo Facebook às 03h20 Por volta das 3h20, Michele postou uma mensagem na rede social pedindo socorro: "Incêndio na KISS socorro"


 

Jovem pediu socorro pelo Facebook de dentro da boate
Os amigos da protética Michele Cardoso testemunharam o pedido de socorro da jovem pelo Facebook durante o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que provocou a morte de 233 pessoas na madrugada deste domingo (27). Por volta das 3h20, Michele postou uma mensagem na rede social pedindo socorro: "Incêndio na KISS socorro". 
Com o avançar do tempo após a postagem, amigos da jovem ficaram desesperados com a ausência de notícias. Um amigo ainda contou ter ouvido a chegada do Corpo de Bombeiros na rua das Andradas, local onde fica a boate Kiss.
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Integrante de banda que tocava em boate está entre os mortos


"Tu ta bem, Michelle Cardoso, um amigo acabou de me ligar dizendo que tá no hospital ajudando os feridos (sic)", escreveu Glaucia Pires, amiga de Michelle. Glaucia ainda pede que liguem para Michele para tentar ter certeza de que a jovem estava bem.

"Miiiicheleee,ta bem?da notícias por faavor!", escreveu Laady Soares Rosa. A última postagem na mensagem foi feita às 10h da manhã, quando um amigo volta a perguntar por Michelle. " Está tudo bem com vc e a Fê? quanndo puder mande notícias...(sic)", escreveu Luigi Caldana.
Michele estava acompanhada pela irmã Clarissa Lima Teixeira e pelo namorado, o estudante de agronomia João Paulo Pozzobon. Os três morreram no incêndio.

Após a confirmação da tragédia, o pedido de socorro da jovem foi compartilhado por mais de 4 mil pessoas. Alguns criticaram o fato da jovem ter usado o celular para pedir socorro.

Também pelo Facebook, a mãe das jovens desabafou sobre a perda: "A tristeza nunca mais vai me deixar, se foram minhas queridas, minha vida Michele Cardoso e Clarissa Lima Teixeira, o mundo hoje chora (sic)", escreveu.

Show pirotécnico sem autorização foi "falha" da boate em Santa Maria, diz comandante dos bombeiros do RS Coronel diz ao R7 que corporação jamais teria permitido uso de fogo de artifício no local


Agência RBS/AP "Foi a pior tragédia que eu presenciei", diz coronel Guido Pedroso de Melo, sobre incêndio em boate de Santa Maria
Um erro de procedimento dos donos da boate Kiss pode ter sido crucial para a tragédia de Santa Maria. Eles não tinham qualquer autorização do Corpo de Bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. Foi durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira que um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício — foi lançada e atingiu o forro do teto do estabelecimento. Essa foi a fonte do incêndio que provocou a morte de 233 pessoas neste domingo (27).
O comandante do Corpo de Bombeiros de Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo, disse ao R7 que o uso de fogos em um estabelecimento fechado deve ser sempre autorizado pela corporação.
— [O show pirotécnico] Foi uma coisa deliberada pela organização do evento. Com certeza, nesse ponto houve falha [da Kiss]. Mas temos que aguardar a perícia técnica para saber o que gerou, o que contribuiu para a tragédia.
Jovem que morreu na boate pediu socorro pelo Facebook
Mesmo que os donos da boate Kiss tivessem requisitado a permissão para o show pirotécnico, o Corpo de Bombeiros teria negado o pedido por causa dos riscos de incêndio no local.
— Jamais concordaríamos em liberar a utilização de fogos de artifício em um lugar confinado como aquele [boate Kiss]. Isso é, com certeza, fonte de fogo; tem calor suficiente para gerar um incêndio. Onde há material combustível, inflamável, como isolamento acústico, quando se gera uma fagulha, pode se gerar incêndio.
Boate preenchia requisitos de segurança
O comandante dos bombeiros do RS assegura que a casa noturna tinha condições de abrir ao público normalmente. O estabelecimento possuía plano de prevenção contra incêndios, com extintores e sinalização de emergência em ordem. Apesar de o alvará de funcionamento ter vencido no fim de 2012, a boate estava dentro do prazo de renovação do documento.
— O Corpo de Bombeiros inspecionou e notificou a boate. O fato de o alvará estar tramitando não era motivo para a interdição. Ela [casa noturna] só podia ser interditada se não preenchesse os requisitos mínimos de segurança. Mas eles foram cumpridos, já que ela tinha plano de prevenção e iluminação de emergência.
A existência de apenas uma saída de emergência na boate tampouco seria um problema. O coronel Guido Pedroso de Melo esclarece que a lei não determina uma quantidade específica de saídas de emergência, mas sim uma largura mínima — estabelecida de acordo com a capacidade da boate e o número de pessoas que poderão utilizá-la.
— A reclamação que se tem preliminarmente é que, no momento do incêndio, frequentava a boate um número bem maior que o determinado por lei. A legislação estadual estabelece que, a cada metro quadrado, podem estar no local duas pessoas. Naquele espaço de cerca de 600 metros quadrados, poderiam circular 1.200 pessoas. Quando chegamos lá para socorrer as pessoas, falava-se em mais de 1.500. Extrapolou o que a lei estabelece.
Segurança da boate diz que extintor não funcionou
Se há mais pessoas circulando que o limite máximo permitido, o plano de prevenção de incêndios está sendo desrespeitado. Isso porque, com mais gente no recinto, a largura da saída de emergência teria que ser maior para o esvaziamento rápido do local. Segundo o coronel Guido de Melo, a Polícia Civil gaúcha investiga se a capacidade da boate Kiss foi mesmo ultrapassada.
— Se tinha mesmo mais gente, isso contribuiu — e muito — para que as pessoas não conseguissem sair e acabassem asfixiadas dentro do prédio.