Greve da PM o dia que a Bahia parou.


greve foi decretada pela Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) no dia 31 de janeiro e a principal reivindicação da categoria foi o cumprimento total da Lei 7.145/97, também conhecida como Gratificação da Atividade Policial (GAP). O sindicato exigia o pagamento imediato da GAP V e a incorporação do valor da mesma ao soldo. Além disso, a categoria queria a regulamentação do pagamento do auxílio acidente, periculosidade e insalubridade.

Os grevistas ocuparam o prédio da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia (CAB) e desde então, o local se transformou no palco principal dos impasses e também dos conflitos. O assunto ganhoudestaque nos principais meios de comunicação do Brasil e do Mundo

Para gatrantir a segurança na capital e cidades do interior, o Estado convocou o Exército e a Força Nacional. Durante todo o período em que estiveram paralisados, uma onda de saques, de violência e também de boatos impôs o temor e o pânico em diversas partes do estado. Ônibus foram queimados, estabelecimentos comerciais fechados, aulas suspensas, prejuízos nos bares e restaurantes foram contabilizados, dezenas de eventos cancelados, tiroteio, arrastões e um rastro de 135 homicídios foram cometidos somente na capital e Região Metropolitana entre 1º de fevereiro e o dia 11.

O clima de tensão aumentou ainda mais na cidade depois que foram divulgadas as conversas do líder do movimento, Marcos Prisco, com colegas grevistas onde eles tratavam de ações de intimidação como queima de viaturas e fechamento de rodovias de Salvador. Desde então, o advogado de Prisco passou a negociar a rendição e a saída do grupo do prédio da Alba, sem Prisco que foi detido no local

Depois de 12 dias, os militares decidiram pelo fim da greve. Eles conseguiram um reajuste de 6,5% retroativo a janeiro deste ano. Em contrapartida, os militares abriram mão da revogação do decreto de prisão dos policiais e bombeiros envolvidos nas ações grevistas.

Os impactos da greve da PM chegou a afetar a venda de abadás e camarotes. Além do Carnaval, os setores de hotelaria, além do comércio, sobretudo o segmento de bares e restaurantes foram os mais prejudicados.

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