Serial killer poupou jovem e disse ‘Deus não quis’

Imagem: Reprodução/TV Globo

Sailson José das Graças está preso na carceragem da Polinter, no Jacarezinho, Rio de Janeiro. O criminoso revelou vários crimes aos agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) no último sábado (13). Até agora, a polícia já identificou 11 vítimas, sete delas assassinadas.
No mesmo dia de sua prisão, Sailson também afirmou a policiais que não havia conseguido matar uma mulher de 23 anos, que tentou enforcar por três vezes. “Deus não quis”, disse o assassino antes de sair da casa de mais uma pessoa que, por pouco, não se tornou uma vítima fatal.
Relato de casos
Na madrugada de 8 de outubro de 2013, mãe e filho dormiam lado a lado nos fundos da casa, quando Sailson entrou pela janela. Quando a mulher, de 23 anos, se virou assustada para ver o que acontecia, ele, de capuz na cabeça, subiu em sua cama e pôs uma das mãos em seu pescoço. Mal a criança, então com quatro meses, começou a chorar, o criminoso deu dois golpes de faca no pescoço e na boca da mulher. O bebê, que dormia ao lado, foi acertado no pescoço.
Os gritos de “Sai daqui!” acordaram a avó da mulher, de 73 anos, que dormia no quarto ao lado. Quando ela entrou no cômodo, o homem deu um salto da cama, saiu pela janela e, com as duas mãos sujas de sangue, pulou o muro que dava para a rua. E fugiu.
O relato é da própria avó, que, por pouco, não viu a neta e o bisneto serem mortos por Sailson em sua casa em Santa Rita, Nova Iguaçu. Hoje, a mãe é aguardada na DHBF para prestar depoimento.
Levados ao Hospital da Posse, mãe e filho conseguiram sobreviver. Até a semana passada, entretanto, a própria vítima não sabia quem havia sido seu algoz.
Segundo a avó da vítima, o agressor estava de capuz, o que dificultava a identificação. Porém, quando Sailson apareceu na TV, a família o reconheceu como o homem que capinava os terrenos baldios da rua e fazia bicos de vigia. “Aí, ligamos uma coisa a outra: foi ele mesmo. Ele dormia na rua, em frente à nossa casa, e até dávamos comida a ele. Foi assim que ele aprendeu a rotina da casa e preparou o ataque”, contou a avó.
Neste domingo (14), outra vítima foi à DHBF prestar depoimento. A jovem, de 17 anos, contou que Sailson entrou em sua casa, em Nova Iguaçu, em 18 de setembro do ano passado, pela porta da frente enquanto dormia. Após tentar enforcá-la por três vezes, o criminoso desistiu de matar a menina: “Deus não quis”, disse, antes de sair pela porta, com uma camisa escondendo o rosto.
A adolescente relata que ele tentou asfixia-la enquanto dormia. Em luta corporal, ela desfaleceu e acordou algumas vezes. “Depois, quando acordei novamente, falei para ele que minha avó estava internada e que precisava de mim. Ele, sempre muito frio, disse que eu não ia morrer porque Deus não queria”, disse.
Antes de ir embora, Sailson conversou com a menina e disse que já a observava há duas semanas. Também explicou que gostava de matar meninas bonitas da região e perguntou se a menina queria saber quantas ele já havia matado. A menina respondeu que não.
Antes de ir embora, Sailson, que estava com um facão guardado na calça, raspou as unhas da vítima com as próprias mãos para que a polícia não conseguisse identificá-lo. Antes de sair, pediu à vítima que deixasse a porta trancada.
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