Gêmea sobrevivente de abuso sexual fica sob cuidado de avó, afirma família

 
A garota gêmea de dois anos que sobreviveu às sessões de agressão e violência sexual na Bahia recebeu alta médica e está na casa da avó, que assumirá a tutela da vítima, informa um familiar na noite desta quarta-feira (6). A irmã dela não resistiu aos ferimentos e morreu. Antes de ir para a casa, a criança esteve internada em Unidade de Pronto Atendimento (UPA), passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e recebeu assistência psicológica no projeto Viver. Os crimes ocorreram na terça-feira (5), na cidade de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica.
 
O pai delas, apontado como principal autor dos crimes, foi preso e deve ser transferido para uma delegacia na capital, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP). A SSP afirma que a medida visa preservar a integridade física do suspeito, que teria recebido ameaças de outros detentos, além da própria comunidade local.
 
O delegado titular da 24ª Delegacia Territorial de Vera Cruz, Lúcio Ubiracê, se emocionou ao falar com a imprensa sobre o caso das gêmeas. "Tenho 28 anos de polícia, sinceramente, isso daí realmente me balançou muito. vi de tudo, mas uma barbaridade como essa não", disse.
 
O suspeito vai responder por homicídio, estupro de vulnerável, lesão corporal e tortura. Um laudo com a causa da morte da criança deve ser divulgado nos próximos dias.
 
Morte
 
A Secretaria de Saúde de Vera Cruz, por meio da assessoria de imprensa, informou que a médica de plantão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tentou reanimar a criança morta, mas não conseguiu salvá-la. O órgão acrescenta que ela sofreu mutilações e o atendimento foi feito na noite de terça-feira (5). "Ele mesmo levou as crianças para o hospital dizendo que elas tinham caído da escada", afirma o delegado Lúcio Ubiracê.
 
Agressões
 
Segundo a polícia, o suspeito havia se mudado para Vera Cruz há um mês. Familiares informaram que ele estava sozinho com as crianças em casa, quando começou a sessão de agressões. As duas crianças apresentavam hematomas e marcas de violência sexual.
 
"Ele diz que cometia os maltratos porque as crianças eram desobedientes. Havia marcas de queimaduras e agressões antigas", revela o delegado Lúcio Ubiracê. “Ele nunca tinha feito isso. Pelo menos a gente nunca soube. Não sei o que aconteceu. É uma situação horrorosa”, relata um familiar que prefere

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