PM que acusa ministro vai falar na Câmara na terça-feira, diz advogado


                                        O policial militar João Dias Ferreira ao chegar à Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento (Foto: Lucas Cyrino / G1)
                                                  O policial militar João Dias Ferreira.
João Dias Ferreira, autor das denúncias da suposta participação do ministro do Esporte, Orlando Silva, em um esquema de desvio de verbas da pasta confirmou, por meio de um de seus advogados, que participará de audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara na próxima semana.
O advogado Michael Roriz reuniu-se nesta quinta-feira (20) com os líderes do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), e na Câmara, Duarte Nogueira (SP), para negociar a presença de seu cliente em audiência na Câmara na próxima terça-feira (25). O requerimento de convite a João Dias foi aprovado nesta quarta.
Segundo o senador Alvaro Dias, o advogado afirmou que o policial comparecerá à audiência mesmo que Orlando Silva seja demitido até a data do depoimento.O ministro foi ao Senado na última quarta e afirmou que vai "desmascarar farsa" sobre seu suposto envolvimento no esquema.
Os parlamentares do PSDB pediram apoio ao advogado de João Dias para localizar o motorista Célio Soares Pereira, que também foi convidado a comparecer na Comissão de Fiscalização e Controle.
Célio Soares teria sido uma espécie de "faz-tudo" no ministério na época da suposta fraude. Ele falou à revista "Veja" que chegou a entregar dinheiro nas mãos de Orlando Silva. A publicação diz que atualmente Célio Pereira trabalha em uma academia de ginástica do policial militar.
Denúncias
João Dias Ferreira é o pivô das denúncias contra Orlando Silva, publicadas em reportagem da revista "Veja" do último fim de semana. Em entrevista, ele disse que o ministro teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério.
O policial foi preso no ano passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao kung-fu, são suspeitas de desviar R$ 2 milhões de convênios assinados em 2006 com o Ministério do Esporte.
Fonte: G1

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